Retorno

Do primeiro mergulho no arquipélago de Fernando de Noronha até os dias de hoje já se passaram dezoito anos.  Vivenciei encontros com pessoas que tinham um ritmo próprio: o ritmo de Noronha. Com elas, pude compreender um pouco melhor sobre o que é ser um ilhéu. Através delas venho percebendo as diferenças da vida numa ilha e no continente. Porem, nesse espaço de tempo, de 2004 a 2022, muitos nativos estão se afastando do arquipélago, tanto fisicamente, optando por viver no continente, como culturalmente, distanciando-se de suas raízes. Mas como manter uma ilha viva sem seus principais personagens? Um lugar sem memória continuará a ser um lugar? Retorno constrói uma leitura poética, mas também crítica, intensa e vigorosa, sobre essa parcela da população que habitou e habita Noronha.

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